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O estudo traz reflexões pertinentes ao tema da territorialidade e do caminhar inserido em textos sobre caminhos indígenas antigos, como o Peabiru, e sobre os Guarani-Mbya, onde busca-se compreender os diversos tipos de mobilidade e suas relações cosmológicas com seres divinos e não-humanos. Foram estruturalmente aproximados tais estudos anteriores, trazendo os seres míticos que giram em torno do Caminho do Peabiru, juntos à leitura de “O Caminhar Sob a Luz” de Maria Inês Ladeira (1992) e “Caminhos de Saberes Guarani-Mbya” de Adriana Testa (2015) sobre os mbya da costa atlântica, correlacionados às práticas do caminhar. A ausência de referências sobre o Peabiru sugeria sua irrelevância enquanto a importância esperada deste se distancia das atuais redes de conhecimento, devido ao caráter da transformação do mundo tal como concebido pelos mbya. Assim, questiona-se a potência de seu uso enquanto outros diversos caminhos são criados e utilizados através de relações diretas com alteridades.