Última alteração: 2019-12-16
Resumo
A partir de uma pesquisa em curso sobre os modos como o Antropoceno se expressa nas práticas artísticas, esta comunicação incide sobre “efeito antropocénico” no uso do audiovisual indígena, e naquilo que pode ser entendido como sua “performance das imagens”, e que pode igualmente ser pensada enquanto “performance da indianidade” (Laura Graham) com ampla ação cosmopolítica. Dentro desse contexto, focaremos sobre a contribuição audiovisual de jovens realizadores Kaiowá e Guarani no Mato Grosso do Sul intrinsecamente ligada aos “mil platôs” do agronegócio do milho e da soja (em particular o coletivo ASCURI formado em 2008 com jovens Kaiowá e Terena), pensando esta produção lado a lado com produções, reflexões e percursos do cinema indígena no Brasil, e buscando entender de que forma as representações cinematográficas Guarani do mundo natural e humano tocam o debate mais amplo sobre crise climática e esbatem as divisões ente arte e antropologia.