Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 2 n. 2: XI Simpósio e IV Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

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INDICADORES DE QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE CAMPO GRANDE – MS.
TERESA CRISTINA ABRANCHES ROSA, Bruna Magusso Rodrigues

Última alteração: 2019-08-28

Resumo


Introdução: A utilização de indicadores de qualidade da terapia nutricional se dá através de um processo de gestão, que consiste em analisar, realizar correções e avaliar resultados, proporcionando desfechos mais favoráveis ao paciente. Assim, justifica-se a necessidade de uma avaliação dos serviços clínicos prestados, para se estabelecer a eficácia das intervenções, e/ou, pontos a serem melhorados. Objetivo: Avaliar a qualidade da Terapia Nutricional Enteral em um Hospital Filantrópico de Campo Grande – MS por meio da aplicação de indicadores de qualidade da terapia nutricional, propor protocolos mediante problemas detectados e avaliar o impacto dos protocolos. Métodos: Estudo de caráter quantitativo, realizado em hospital filantrópico de retaguarda em dois momentos: a primeira fase avaliou dados secundários de pacientes atendidos entre março e setembro de 2016, de modo retrospectivo. A segunda fase – longitudinal, prospectiva, observacional e descritiva – se deu após sugestão de protocolos, pela aplicação de questionário semiestruturado, no período de março a setembro de 2017. A terapia nutricional enteral foi avaliada mediante aplicação de quatorze indicadores de qualidade da terapia nutricional, expressos em metas percentuais, conforme recomendação do International Life Sciences Institute - Força Tarefa em Nutrição Clínica. O trabalho atendeu aos critérios éticos (parecer nº 1.847.533). Os dados foram tabulados em planilhas do programa Microsoft Excel® 2010 e analisados com auxílio do software BioEstat 5.0 (p<0,05). Resultados: Na primeira fase, 7 indicadores (50%) atenderam às metas. Na segunda fase, 6 indicadores (42,8%) atenderam às metas. Em ambas as fase, indicadores de aspectos gerais (frequência de jejum antes do início da terapia nutricional e frequência de pacientes sob terapia nutricional que recuperam ingestão oral) apresentaram resultados satisfatórios e progressivos. Dos indicadores que tratavam da avaliação nutricional, a frequência de aplicação de avaliação subjetiva global ou mini avaliação nutricional atendeu às metas em ambas as fases. A frequência de jejum digestório por mais de 24 horas atendeu à meta apenas na primeira fase e os indicadores que tratavam da reavaliação periódica do planejamento nutricional e da medida ou estimativa de gasto energético-proteico foi aquém do esperado. No quesito indicação da terapia nutricional, a frequência de inconformidade foi superior ao estabelecido nas duas fases. Já em relação a administração e vias de acesso para o suporte nutricional, houve conformidade em ambas as fases para os 2 indicadores analisados. Por outro lado, quanto ao controle clínico e laboratorial, houve inconformidade em relação à frequência de diarreia, obstipação e hiperglicemia. Assim como no quesito avaliação final, onde a frequência de prescrição dietética na alta hospitalar de pacientes em terapia nutricional foi insatisfatória. Cabe ressaltar que 4 indicadores apresentaram evolução quando comparadas as duas fases. Apesar disso, os resultados demonstram a necessidade de avaliação constante e correção de inconformidades. Conclusão: Os indicadores foram de fácil aplicação, não onerosos e permitiram identificar as não conformidades na terapia nutricional enteral e a sugestão de medidas corretivas a fim de garantir resultados favoráveis ao paciente e redução de custos à assistência.

 

Unitermos: Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Gestão de Qualidade em Saúde; Nutrição Enteral;