Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 2 n. 2: XI Simpósio e IV Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

Tamanho da fonte: 
CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Patrícia Rafaela Mendonça

Última alteração: 2019-08-27

Resumo


A maior parte das escolas públicas atendem alunos em situação de vulnerabilidade, em se tratando de características socioeconômicas e nutricionais; diante disso, a segurança alimentar na oferta da alimentação escolar é uma prática essencial, pois existe um grande número de crianças que fazem sua única refeição diária no ambiente escolar. Desse modo, a alimentação escolar se torna extremamente importante para o processo de aprendizagem, pois é através dela que o aluno terá a possibilidade do melhor rendimento, além da construção de práticas alimentares saudáveis.  Segundo estudos, os manipuladores de alimentos são os causadores de até 26% dos surtos de doenças por bactérias, direta ou indiretamente. Os motivos para ocorrer tal contaminação são diversos, como a escolha inadequada dos produtos e técnicas de preparo, armazenamento e higiene não realizadas corretamente. De acordo com a Resolução-RDC nº 216/2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, é de grande importância o aprimoramento quanto às ações de controle sanitário, com a intenção de proteger a saúde da população atendida. Com isso, este estudo tem por objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre as condições higiênico-sanitárias de algumas unidades de alimentação e nutrição escolar situadas em alguns estados do Brasil. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, onde foram utilizadas as plataformas Bireme e Scielo; os resultados encontrados foram explorados individualmente e selecionados de acordo com a proposta do estudo. A região que obteve um resultado mais próximo do esperado foi no estado do Maranhão, com uma média de 69,70% de adequação, já a região do estado do Ceará ficou abaixo com 55,30%. Logo após está a região do estado de Mato Grosso do Sul, com 50,9% e a região do estado de Goiás, com 49,3%; mais aquém, estão as regiões dos estados de Mato Grosso, Paraíba e Minas Gerais, com 44,2%, 43,6% e 41,5%, respectivamente. Por último, dentro das regiões estudadas, com menos conformidades, está a região do estado de São Paulo, com apenas 34,6% de adequação. Conclui-se que é necessária a tomada de medidas para que o cenário encontrado seja modificado e adequado de acordo com as especificações da vigilância sanitária. Para tanto, é vital a implantação e o fortalecimento do assunto com as equipes responsáveis através de treinamentos contínuos abordando tudo o que for necessário e, principalmente, que o profissional nutricionista tenha um acompanhamento de rotina do trabalho executado nas unidades escolares.

Palavras-chave: Alimentação escolar. Boas Práticas de Manipulação. Segurança Alimentar e Nutricional. Vigilância Sanitária.