Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 2 n. 2: XI Simpósio e IV Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

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PERFIL LIPÍDICO DAS LINHAÇAS AMARELO DOURADA E MARROM PRODUZIDAS NO MUNICÍPIO DE DOURADOS – MS.
Lais CHANCARE GARCIA, Claudia Andréia Gonçalves Lima Cardoso, Carla Carducci, Fernanda Rosan Fortunato Seixas

Última alteração: 2019-09-09

Resumo


Introdução: A semente do linho, denominada linhaça é conhecida e estudada como um alimento funcional, ou seja, possui em sua composição nutricional compostos capazes de promover benefícios a saúde humana. Os genótipos de linhaça se diferenciam pela cor de suas sementes, sendo linhaça marrom e linhaça amarelo dourada. No Brasil a linhaça é produzida principalmente na região sul devido às condições climáticas, no entanto a origem das sementes cultivadas é desconhecida. Objetivos: Avaliar o perfil lipídico de sementes de linhaças, com genótipo conhecido, pela primeira vez produzidas no município de Dourados-MS (região centro-sul), bem como comparar diferenças entre a linhaça marrom e amarelo dourada. Métodos: Os óleos foram extraídos das linhaças marrom e douradas por prensagem mecânica a frio. Determinou-se o conteúdo de ácidos graxos sob a forma de ésteres metílicos. Os ésteres metílicos de ácidos graxos foram analisados por um cromatógrafo gasoso, com coluna capilar de sílica fundida e detector de ionização de chama. O hidrogênio foi utilizado como gás de arraste. O volume de injeção foi de 1,0 μL com split 1:10. A identificação dos ácidos graxos foi realizada por comparação do tempo de retenção dos padrões de ésteres metílicos (Sigma-Aldrich) com as amostras e a quantificação foi realizada pela técnica de padrão externo empregando a área dos picos. A análise foi desenvolvida em parceria com o laboratório de Química orgânica da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS). As análises estatísticas foram realizadas usando o software Statistica 7.0. Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão. A comparação das médias foi realizada pela análise de variância unidimensional (one-way ANOVA) seguida do teste de média Tukey, adotando-se o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Foi observado para a linhaça marrom e amarelo dourada valores, respectivamente, de; Ácido Miristoleico de 0,02±0,01 g/100 g para ambas amostras; Ácido Palmitoleico de 0,02±0,01 g/100 g para ambas amostras; Ácido esteárico de 2,83 ±0,04 e 1,02± 0,05 g/100 g;  Ácido Oléico de 20,19 ± 0,17e 22,56 ± 0,21 g/100 g;  Ácido Linoléico de 14,25 ± 0,07 e 14,22 ± 0,06 g/100 g; Ácido α-Linolênico de 58,64 ± 0,3 e 58,55 ± 0,25 g/100 g; Ácido Eurítico de 0,02±0,01 g/100 g para ambas amostras. Conclusão: As linhaças analisadas podem ser consideradas fonte de ácido α-Linolênico (ômega 3) devido ao alto conteúdo deste ácido graxo. A linhaça amarelo dourada apresentou melhor perfil lipídico em relação à linhaça marrom. Houve diferença significativa (p <0,05) em relação ao conteúdo de ácido esteárico (C18:0), que foi superior na linhaça marrom, e  ácido oléico (C18:1) foi maior na linhaça amarelo dourada.

Palavras-chave: Alimentos funcionais; linhaça dourada e marrom; ácidos graxos.