A Salmonella é uma bactéria patogênica pertencente à família Enterobacteriaceae, que habita no trato intestinal tanto de animais quanto de seres humanos, nestes causam a salmonelose. A contaminação ocorre principalmente pela má manipulação dos alimentos, como ovos, e em especial das carnes de frango submetidas a condições de higiene desfavoráveis desde o abate até o preparo para consumo; das hortaliças e de outros produtos agrícolas, geralmente, ocorrem por exposição à água contaminada. Os sintomas e a duração dessa infecção dependem da espécie do micro-organismo, variando desde de quadros de gastrenterite, febre e vômito; à febre tifoide; com períodos de três dias a oito semanas, podendo inclusive culminar ao óbito. Para evitar a contaminação devem ser realizadas: medidas básicas de saneamento, cocção de carnes e ovos em altas temperaturas. O objetivo deste trabalho foi analisar a presença de Salmonella nas carnes de frango (Gallus gallus domesticus) comercializadas em diferentes estabelecimentos comerciais de Dourados-MS. Foram coletadas duas amostras de coxa, sobrecoxa e duas de coxinha de asa no comércio do município de Dourados-MS, para a avaliação de presença ou ausência de Salmonella segundo a metodologia proposta pela American Public Health Association (APHA). Após fornecer ao microrganismo temperatura e nutrientes exclusivos para ele, pode-se observar que em todas as análises microbiológicas houve o desenvolvimento de unidades formadoras de colônias (UFCs) nas placas de Petri com ágar nutriente. Os estriamentos dessas colônias, isoladamente, em tubos de ensaio com ágares citrato, Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) e nutriente em estado semissólidos e inclinados, sendo a formação de UFCs indicadores qualitativos da presença de Salmonella nas amostras. De acordo com a Resolução-RDC Nº 12, o padrão estabelecido é ausência total de Salmonella em 25g de um produto, caso contrário considera-se risco de infecção; apesar de não ter sido realizado o teste sorológico, estes produtos são considerados inaptos para consumo. Diante disso, verifica-se a vigilância ausente em toda cadeia de produção da carne de frango, desde o abate à comercialização, favorecendo a contaminação do alimento por Salmonella e consequente propagação da infecção entre os seres humanos, sendo considerado um micro-organismo significativo na saúde pública mundial e que poderia ser evitado.