Introdução: Atualmente as dificuldades impostas pelos longos deslocamentos e a extensa jornada de trabalho impedem que parcelas significativas da população realizem suas refeições em família, optando pela refeição fora do lar. Com este novo quadro, doenças transmitidas por alimentos (DTAs) que antes representavam um número menor de casos, saíram dos limites domiciliares para atingir um número maior de indivíduos, devido à falta das Boas Práticas de Fabricação (BPF). Uma ferramenta comumente utilizada para verificação e monitorização das Boas Práticas de Fabricação é a lista de verificação ou check-list, que possibilita fazer uma avaliação preliminar das condições higiênico sanitárias de um estabelecimento produtor de alimentos e quantificar o grau de adequação de determinado estabelecimento de acordo com a legislação. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo avaliar através de lista de verificação (check-list) as condições higiênico-sanitárias de unidades produtoras de alimento do município de Cacoal-RO. Métodos: Foram avaliados dez estabelecimentos produtores de alimentos, escolhidos de forma aleatória, por meio de lista de verificação baseada na CVS 5 de 2013. O check-list aplicado constou de 55 (cinqüenta e cinco) itens de verificação como Higiene e saúde dos colaboradores (9 itens); Qualidade sanitária da produção de alimentos (18 itens); Higienização das instalações e do ambiente (3 itens); Suporte operacional (9 itens); Qualidade sanitária das edificações e das instalações (15 itens); Documentação e registro das informações (1 item). Foram considerados estabelecimentos com risco sanitário alto aqueles que apresentaram porcentagem de conformidades de 0 a 50%, médio risco sanitário de 50,1 a 75% e baixo risco sanitário de 75,1 a 100%. Resultados: De acordo com os resultados, 80,0% dos estabelecimentos foram classificados como de médio risco e 20,0% como de baixo risco sanitário. O subgrupo que obteve maior índice de inconformidades (70%) foi o “Documentação e Registro das Informações”, onde é abordado a existência do Manual de Boas Práticas (MBP) e os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), seguido pelo subgrupo “Qualidade Sanitária da Produção de Alimentos” com 62,0% de inconformidades. Conclusão: Os estabelecimentos classificados como de médio risco sanitário devem adequar-se imediatamente às legislações e resoluções que pautam e orientam as BPF, visando à qualidade de seus produtos e a saúde de seus consumidores.