Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 1 n. 1: X Simpósio e III Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

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ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE Salmonella sp. EM BOLOS NO POTE
Luana Klauck Kern, Mariana de Deus Correia, Júlia Ribeiro de Paula Lica, Elane Galvao dos Santos, Brenda Gonsalves Sturnich, Kelly Cristina da Silva Brabes

Última alteração: 2018-12-13

Resumo


Introdução: Doenças transmitidas pelo alimento (DTAs) podem ser causadas pela má higienização de utensílios, manipuladores e matéria prima, além de falhas em seu transporte e armazenamento. A Salmonella sp. é uma das principais causadoras de infecções alimentares através de alimentos preparados com ovos e carne de frango, bem como em produtos de confeitaria. Os sintomas mais frequentes da doença são diarreia, vômito, febre tifoide e dor abdominal. Objetivos: O estudo tem como objetivo certificar microbiologicamente a ausência de Salmonella sp. em amostras de bolo de pote caseiro comercializados no campus da Universidade Federal da Grande Dourados. Métodos: Foram coletadas três amostras de bolo no pote (A, B e C) em três diferentes pontos de venda na universidade, que não possuem licença ou cadastramento para comércio. Para análise da ausência de Salmonella sp., foram realizadas pesagens de 25 g de cada amostra de bolo e diluídas em 225 mL de água Peptonada Tamponada separadamente e incubadas por 24 horas em estufa, a 35-37ºC. Foi utilizado Caldo Rappaport- Vassilliadis e meio Hektoen Enteric Agar para a confirmação de Salmonella sp. As colônias obtidas foram inoculadas em Ágar Citrato (AC), Ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI) e Ágar Lisina Ferro (LIA) e incubadas em estufa a 35-37º C/ 24 horas para confirmação preliminar do resultado. Os procedimentos foram realizados em triplicata e de acordo com as especificações propostas pela APHA e ANVISA. Resultados: Amostras A, B e C apresentaram modificações de coloração para tons de laranja, rosa, verde e preto (escurecimento do meio com produção de H2S) no meio Hektoen Enteric Agar. As colônias inoculadas em AC, TSI e LIA apresentaram bom desenvolvimento e confirmação positiva para Salmonella sp. As amostras tiveram resultado positivo para Salmonella enterica, identificada através da produção de H2S, utilização de Citrato e descarboxilação da Lisina, sendo necessários testes bioquímicos para diferenciação detalhada para outras subespécies. Conclusão: Por meio das análises, foi possível constatar possíveis falhas de higiene e manipulação durante a produção de Bolo no pote em todos os locais onde amostras foram coletadas, com a presença de Salmonella sp., sendo o preconizado pela RDC 12 sua ausência em 25g. Faz-se necessário, portanto, um maior controle microbiológico na produção e transporte do produto.