Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do III Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2016

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Relações entre medidas ultrassonográficas e na carcaça de cordeiros abatidos aos 20 e 25 kg
N.G.T. Zagonel, G.N. Silva, A.B.R. Siqueira, A.S.O. Hirata, A.R.M. Fernandes, M.T. Osório, A.T. Matos, I.H.S. Fuzikawa

Última alteração: 2016-09-21

Resumo


O objetivo do estudo foi avaliar as correlações entre as medidas ultrassonográficas e da composição tecidual da carcaça. O experimento foi conduzido no setor experimental de ovinos da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD. Foram avaliados 18 cordeiros “pantaneiros” machos inteiros, abatidos ao atingirem os pesos pré-estabelecidos de 20 e 25 kg, sendo nove animais por grupo. No dia anterior ao abate foram tomadas as imagens ultrassonográficas entre 12a e 13a costelas, para obtenção da profundidade do músculo Longissimus (PML), espessura de gordura subcutânea (EGS), profundidade de glúteo (PP8) e espessura de gordura subcutânea na garupa (EGP8). Após o abate a meia carcaça foi separada em cortes, os quais foram posteriormente dissecados e separados as gorduras subcutânea e intermuscular, músculos e ossos. Os componentes teciduais foram pesados individualmente e calculou-se o peso, rendimento e as proporções dos tecidos dissecados em relação ao respectivo corte. Para as análises estatísticas foram estimadas correlações Pearson entre as medidas in vivo obtidas pelo ultrassom (variáveis independentes), e a composição tecidual da carcaça (variável dependente). Os resultados da correlação variaram de moderada a alta. A EGS se correlacionou com a EGP8 (0,70), G (kg) (Gordura total) (0,61) e G (%) (Percentagem de gordura) (0,59). A PML se correlacionou com EGP8 (0,54), G (kg) (0,66) e G (%) (0,62), porém para M (%) (Percentagem de músculo) (-0,52) e M/G (Relação músculo/gordura) (-0,65) a correlação foi negativa, o mesmo ocorreu entre EGP8 para G (kg) (0,67) e G (%) (0,69) para relação M/G (-0,56), isto pode ser em decorrência do M. Longissimus apresentar maturação tardia e aos ovinos “pantaneiros” depositarem gordura mais cedo quando comparados com outras raças especializadas para a produção de carne. Para M (%) obteve-se altas correlações tanto para M/G (0,55) quanto para M/O (0,78). A EGP8 se correlacionou com M (kg), G (kg) e G (%), a deposição da gordura das extremidades para a região lombar pode ter influenciado para esta alta correlação. Entre as correlações obtidas os melhores indicadores da composição tecidual foram a PML, EGP8 e EGS.

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