Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do III Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2016

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Avaliação bacteriológica e histopatológica de articulações de frangos condenados por artrite pela inspeção sanitária
A. V. Marcon, G. F. Oliveira, A. Marcon, M. E. M. Guimarães, F. R. Caldara

Última alteração: 2016-09-20

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar se as condenações de carcaça de frangos decorte por artrite são principalmente de origem bacteriana ou de origem não infecciosa e se há diferença entre graus de lesão, fornecendo assim subsídios aos envolvidos no trabalho de inspeção. Em um abatedouro comercial foram coletadas 60 amostras de carcaças com alterações macroscópicas nas articulações tíbiotarsial condenadas parcialmente por artrite. Cada amostra foi constituída de uma única perna, classificada segundo o grau de lesão em leve (coloração deintensidade leve e sem aumento de volume considerável) ou severo (coloração intensa e aumentode volume em toda a extensão). As pernas foram armazenadas em sacos estéreis identificados e mantidas sob refrigeração em caixas térmicas por um período máximo de 24 horas. As análises bacteriológicas e histopatológicas foram realizadas no laboratório Mercolab (Cascavel – PR).Para avaliação bacteriológica a superfície externa da articulação foi flambada, realizado um corte acima da articulação e coletado com swab, na sequência estriado em meios de cultura para determinação de Staphylococcus sp., Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Para avaliação histopatológica foi coletado a epiderme, cápsula articular, tendões e tecidos adjacentes, fixada sem formol a 10% sendo processadas rotineiramente para histopatologia. A frequência de provas positivas nas análises em relação ao total de amostras testadas foi analisada pelo teste do Quiquadrado. Houve crescimento bacteriano para Staphylococcus sp, Staphylococcus aureus eEscherichia coli em 10% e 16,67% das amostras de grau leve e severo, respectivamente,indicando que não houve diferenças significativas nos resultados entre os diferentes graus delesão (p>0,05). A presença de lesões histopatológicas nas amostras classificadas como lesões severas foi de 70% e foi significativamente superior àquelas observadas nas amostras classificadas como lesões leves, as quais apresentaram apenas 16,67% (p< 0, 001). Conclui-se que houve predomínio de lesões não infecciosas em pernas com grau leve de lesão, relacionadas possivelmente à lesão mecânica, como contusões, ocorridas no manejo pré-abate e abate(tecnopatias) e predomínio de possíveis lesões infecciosas em pernas com grau severo de lesão.

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