Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

Tamanho da fonte: 
Contagem de OPG no período das águas e seca em ovinos na região de Cerrado-pantanal brasileiro
Bruna Gasparini Dionizio, Ana Paula Silva, Aya Sasa, Aldair Felix da Silva, Aracy Garcia Travassos dos Santos

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


A infestação por parasitas gastrointestinais em ovinos é influenciada pelo clima predominante tropical do Brasil. Este favorece o ciclo de vida dos parasitas que pode ocorrer durante todo o ano. Na região do cerrado-pantanal (Aquidauana) a temperatura média no inverno é entorno de 18°C e no verão é de 24ºC, as precipitações pluviométricas são superiores a 750 mm anuais, com variações de 1000 a 1400 nas épocas das chuvas e inferiores a 50 mm nas secas. No período seco, a infestação é favorecida pelo estado crítico nutricional dos animais que debilita a capacidade de reação imunológica aos parasitas. O presente trabalho teve como objetivo comparar a contagem de ovos por grama (OPG) de fezes em ovinos criados na região do cerrado-pantanal nos períodos de águas e seca. O experimento foi realizado no setor de ovinocultura da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), entre os meses de agosto de 2016 a julho de 2017, divididos entre o período de seca (maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro) e o período das águas (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril). Foram utilizadas 36 fêmeas ovinas sem raça definida, mantidas sob pastejo durante o dia, e à noite foram recolhidas ao aprisco. Foram coletadas amostras de fezes individuais, diretamente da ampola retal, identificados e armazenados para análises laboratoriais (contagem de OPG utilizando técnica de McMaster) e os aninais que apresentaram contagem superior a 1000 OPG foram desverminados. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado e os dados de OPG na época das secas e águas foram analisadas por meio do teste de Tukey com significância de 5% segundo procedimentos do programa estatístico R. As contagens médias obtidas foram de 923,148 OPG e 802,314 para os períodos de água e secas, respectivamente, as quais não diferiram entre si (p>0,05). A alta infestação na época das águas é decorrente das condições ambientais (maior umidade e alta temperatura) ser mais favoráveis ao desenvolvimento das larvas dos parasitas gastrointestinais, já no período da seca a infestação pode ser devido à falta de alimento nesse período reduzindo a imunidade deixando os animais mais susceptível aos parasitas. Conclui-se que ovinos criados na região do cerrado pantanal são igualmente susceptíveis a infestação de parasitas nos diferentes períodos do ano.


Texto completo: PDF