Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Análise instrumental da carne de machos inteiros suplementados com diferentes dosagens de vitamina E
Ariádne Patricia Leonardo, Luana Liz Medina Ledesma, Agda Costa Valério, Júlia Pandolfo, Alessandra Barbosa de Rezende Siqueira, Renata Alves das Chagas, Maria Inês Lenz Souza, Fernando Miranda de Vargas Junior

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


A vitamina E possui ação de antioxidante natural e geralmente é consumida na forma oral através da dieta, entretanto, quando trata-se de ruminantes esse tipo de via pode sofrer interferência pelo processo de biohidrogenação da flora ruminal, o que diminui boa parte da vitamina a ser absorvida. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da vitamina E de uso parenteral sobre as características instrumentais da carne de ovinos machos inteiros. Utilizou-se 20 ovinos machos inteiros Pantaneiros com idade média de 1,64 ± 0,17 anos e peso ao abate 40,75 ± 6,02 quilos, do rebanho da Universidade Federal da Grande Dourados, confinados por um período de 86 dias. O período de adaptação as instalações e dieta foram de 30 dias, onde os animais receberam uma dieta contendo 50% concentrado (a base de farelo de soja e milho) e 50% volumoso (feno de aveia). Os animais foram divididos em quatro tratamentos ao acaso em: Controle (nenhuma aplicação), tratamento um mL (quatro aplicações por semana), tratamento dois mL (duas aplicações por semana) e quatro mL (uma aplicação por semana), totalizando quatro mL por semana por 56 dias de vitamina E ( acetato de α-tocoferol-100 mL 10 g-1) de forma parenteral. Após os 56 dias os animais foram abatidos por eletronarcose e de suas meias carcaças direitas foram retirados o músculo Longíssimus dorsi at lumborum, o qual foi utilizado para análise instrumental. Foram avaliados pH, cor, perda por cocção (PPC), capacidade de retenção de água (CRA) e força de cisalhamento (FC). O delineamento foi inteiramente ao acaso com cinco repetições por tratamento e os dados coletados foram submetidos à análise de variância e teste de médias Bonferroni a 5% de significância. Os valores para PPC foram maiores para o tratamento controle (39,08 ± 4,93), já no tratamento um mL foi menor (37,86 ± 3,25) e a FC maior no controle e menor no tratamento quatro mL (2,35 ± 0,53). Para intensidade de cor vermelha (A*) e amarela (L*), o tratamento de um mL apresentou maior média (19,15 ± 0,97 e 9,29 ± 1,45), respectivamente, sugerindo haver uma concentração maior de lipídeos intramuscular. Apesar de uma concentração maior de gordura apresentar uma sensação de maciez maior, a força de cisalhamento não apresentou diferença entre as médias. Entretanto, o valor em média encontrado nos tratamentos (± 2,95) encontra-se ainda inferior do que é recomendado (8 a 11), demonstrando a carne ser macia. Para os parâmetros avaliados, a vitamina E nessas dosagens não influenciou nas características instrumentais do músculo estudado.


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