Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Qualidade de ovos comerciais submetidos a diferentes tratamentos da casca e estocados sob temperatura ambiente
Laura Ramos de Ávila, Mirela Fernanda Alves Pinto, Danilo de Souza Sanches, Roberto Henrique Serra Franco, Renata Pucheta, Gislaine Cunha de Andrade, Elis Regina de Moraes Garcia

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


O ovo está exposto a diversos fatores que implicam na sua contaminação como os funcionários, equipamentos, instalações, manejo e até a própria ave. Apesar de o ovo possuir sua própria barreira de defesa, a queda na sua qualidade começa no momento da postura e se prolonga rapidamente. Portanto, técnicas de armazenamento e conservação devem ser adotadas com o intuito de diminuir a sua contaminação durante a estocagem. Objetivou-se com este estudo avaliar a qualidade de ovos comerciais submetidos a diferentes tratamentos superficiais da casca e armazenados por até 28 dias em temperatura ambiente. Foram utilizados 400 ovos comerciais brancos armazenados em temperatura ambiente (± 29,7ºC) por sete, 14, 21 e 28 dias. Os ovos foram identificados, pesados e posteriormente submetidos aos tratamentos superficiais da casca com: ovos sem processo de lavagem e sanitização (controle); ovos lavados e borrifados com solução de hipoclorito de sódio a 1%; ovos lavados e borrifados com álcool etílico 70°; ovos lavados e borrifados com extrato alcoólico de borra de própolis. As variáveis analisadas foram: perda de peso do ovo (g) (PP), unidade Haugh (UH), índice (IG) e coloração de gema crua (CG). Os ovos foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x4 (tratamento de casca x período de armazenamento), com 25 ovos por repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância para verificar os efeitos dos fatores estudados (isolados e interações) e a análise de regressão polinomial. As diferenças entre as médias foram analisadas por meio do teste de Tukey (P<0,05). Observou-se interação (P<0,05) entre os tratamentos da casca e o período de armazenamento para IG, UH, PP. O desdobramento da interação demonstrou que os valores de IG e UH reduziram linearmente com o tempo de armazenamento em todos os tratamentos avaliados, no entanto, o revestimento da casca com o extrato da borra de própolis minimizou a perda da qualidade interna dos ovos para consumo. A PP aumentou de forma linear com avanço do período de armazenamento, contudo, ao se comparar os diferentes tratamentos da casca verificou-se que o uso do extrato de borra de própolis diminuiu esse efeito deletério. Para a CG observou-se efeito quadrático (Y = 3,455 + 0,108x - 0,0027x2; R2 = 0,99) sobre a intensidade de coloração em função do período de estocagem. Conclui-se que o extrato da borra de própolis como tratamento superficial da casca minimiza as perdas relacionadas à qualidade interna de ovos comerciais armazenados por até 28 dias em temperatura ambiente.


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