Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Composição química-bromatológica da silagem de girassol associada a aditivos redutores de umidade
Thaiano Iranildo de Sousa Silva, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de Goes, Alberto Jefferson da Silva Macêdo, Carlos Alberto Mongelós Barrios, Raquel Oliveira Tenório, Charles Jhonnatan dos Santos Souza, Munir Mauad, Nayara Gonçalves da Silva

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


A planta de girassol pode ser utilizada na alimentação animal, porém apresenta limitação para se produzir silagem, pois quando atinge o ponto ideal entre produção de biomassa e valor nutritivo possui baixo teor de matéria seca podendo acarretar em silagem mau fermentada. Para ensilar a planta de girassol deve-se adicionar aditivos redutores de umidade. Objetivou-se avaliar a composição química-bromatológica e a digestibilidade in vitro da matéria seca de silagens de girassol associadas a aditivos redutores de umidade. O experimento foi conduzido no Laboratório de Nutrição Animal da Universidade Federal da Grande Dourados. Foi cultivada a variedade de girassol EMBRAPA 122-V2000, colhida aos 90 dias após plantio. O material foi ensilado em função de cada tratamento experimental em minisilos de polietileno. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizados com três tratamentos [silagem de girassol (SG), silagem de girassol + farelo de trigo 5% com base na matéria natural (SG+FT) e silagem de girassol + polpa cítrica 5% com base na matéria natural (SG+PC)] e cinco repetições. Aos 45 dias após a ensilagem procedeu-se a abertura dos silos e coleta das amostras para análises. Realizou-se a análise da composição química-bromatológica da silagem, com resultados expressos em unidade percentual (%). Os dados foram submetidos para análise de variância e quando pertinente as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. De acordo com os resultados obtidos verificou-se que a inclusão de aditivos redutores de umidade promoveu aumento significativo nas concentrações de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) das silagens avaliadas, consequentemente melhorando as condições de fermentação como também aumento do valor nutritivo das silagens. A utilização de farelo de trigo e da polpa cítrica proporcionou um aumento de aproximadamente 40% no teor de MS quando comparado com a silagem controle. A inclusão de aditivos redutores de umidade proporcionaram um aumento de 18% na PB da silagem de girassol. Os aditivos redutores de umidade, quando foram adicionados ao girassol no processo de ensilagem, geraram silagens com menores concentrações de matéria mineral (MM), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HCEL) e celulose (CEL) quando comparada com a silagem controle. Não houve efeito significativo para extrato etéreo (EE), lignina (LIG) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), com valores médios de 6,92, 9,13 e 69,20 %, respectivamente. Diante dos resultados obtidos, verificou-se que a associação do girassol com aditivos redutores de umidade destinado para produção de silagem, melhoraram a qualidade da silagem, aumentando os teores de MS, reduzindo a fração fibrosa e elevando o teor proteico do material. As duas fontes de aditivos redutoras de umidade apresentaram resultados semelhantes, podendo ambas serem utilizadas para ensilagem da cultura do girassol.

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