Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

Tamanho da fonte: 
Uso de protocolo hormonal para indução de estro em ovelhas de diferentes categorias criadas na região do cerrado-pantanal
Ana Paula da Silva, Aldair Félix da Silva, Bruna Gasparini Dionízio, Aracy Garcia Travassos dos Santos, Aya Sasa

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


As ovelhas são animais de comportamento reprodutivo estacional de dias curtos, com maior ou menor intensidade, dependendo se a raça é originária de zonas temperadas ou tropicais. No entanto, existem formas de contornar essa estacionalidade e melhorar o desempenho reprodutivo das fêmeas durante a época de menor atividade reprodutiva (contra-estação), entre elas, o uso de protocolos hormonais é um dos mais eficazes, e pode ser utilizado de forma isolada ou em combinação com outras técnicas de manejo. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o uso de protocolo hormonal em ovelhas de diferentes categorias (borregas, primíparas e multíparas) durante a contra-estação reprodutiva. Durante o mês de novembro de 2016 foram utilizadas 30 fêmeas ovinas distribuídas em três categorias: borregas (n= 10), ovelhas primíparas (n =10) e ovelhas multíparas (n=10). Todos os grupos foram submetidos ao protocolo hormonal de indução de estro e expostas à reprodução (monta natural). Para o tratamento hormonal, foram utilizadas esponjas intravaginais impregnadas com 60 mg de acetato de medroxiprogesterona que permaneceram por 10 dias na porção cranial da vagina das fêmeas. No dia da retirada da esponja foram administrados, em cada animal, por via intramuscular, 400 UI de eCG (gonadotrofina coriônica equina) e 37,5 µg de d-cloprostenol (prostaglandina F2α). Após o fim do tratamento hormonal as fêmeas permaneceram com dois machos vasectomizados e um reprodutor, devidamente marcados para detecção de estro e do tempo (em horas) decorrido até a manifestação do estro. Os dados de manifestação de estro foram analisados considerando a distribuição como binomial em função da ligação logística a 5% de significância, e o tempo para manifestação do estro foi analisado por meio da análise de variância, com significância de 5%. Ao final do quinto dia após o tratamento hormonal, 29 das 30 ovelhas estudadas tinham apresentado estro. Todas as fêmeas do grupo primíparas (10/10) e do grupo multíparas (10/10) apresentaram estro neste período e, no grupo borregas, nove (9/10) responderam ao protocolo, sem ser observada diferença (p>0,05) entre os tratamentos. O tempo decorrido para a apresentação do estro em horas após o uso de protocolo hormonal foi, em média, de 52 h, 36 h e 48 h para os grupos borregas, primíparas e multíparas, respectivamente, as quais não se diferiram entre si (P>0,05). Estes resultados evidenciam que o uso de protocolos hormonais pode ser eficaz na indução do estro em fêmeas ovinas nas diferentes fases da vida reprodutiva, quando submetidas à monta natural, mesmo em época da baixa atividade reprodutiva (contra-estação).

Texto completo: PDF