Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Sazonalidade das condenações e número de aves abatidas na região da Grande Dourados-MS no período de 2004 a 2014
Rodrigo Garofallo Garcia, Rodolpho Echeverria Marques, Érika Rosendo de Sena Gandra, José Luiz Muchon, Andrey Savio de Almeida Assunção, Ricardo Antonio Santos, Claudia Marie komiyama, Rodrigo Borille

Última alteração: 2018-01-12

Resumo


A fim de se verificar a sazonalidade das condenações e o número de aves abatidas no período de 2004 a 2014, foram coletados dados secundários de condenação e abate de aves em estabelecimento registrado no Serviço de Inspeção Federal - SIF, localizado na região da Grande Dourados, no Estado do Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados em janeiro de 2016 e as variáveis tabuladas foram: “índice de ocorrência e proporção (IOC)”, “ano”, “condenação total”, “condenação parcial”, “soma (parcial ou total)” e “número de aves abatidas”. Foi realizada a análise descritiva dos dados, calculando-se as médias de condenações total e parcial por ano. O índice de ocorrência e proporção de condenações foi calculado para cada mil aves abatidas, para excluir o efeito da quantidade de aves abatidas anualmente. Para as comparações, os dados descritivos de aves abatidas, aves condenadas e IOC das aves condenadas foram analisadas usando o comando PROC MEANS do SAS 9.0. No período entre 2004 e 2014, observou-se uma queda brusca de animais abatidos nos anos de 2006 e 2012. Os resultados de aves condenadas de forma total, parcial e a soma dos tipos de condenações (total e parcial), demonstrou uma grande quantidade de carcaças condenadas entre os anos de 2005 e 2007, com um pico em 2006. O índice de ocorrência e proporção de condenações (IOC) evidencia a observação de maior ocorrência de condenações no ano de 2006, já que este índice retira o efeito da quantidade de aves abatidas. Com a ameaça da influenza aviária no ano de 2006, houve um retrocesso no mercado avícola mundial. O ano, no seu todo foi negativo, por conta dos surtos de gripe aviária, que se espalharam por toda a Europa, o que ocasionou uma queda no número de exportações e uma elevação nos estoques do produto e uma incerteza do futuro da classe. Decisões tomadas pelo governo, como liberar recursos para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) de credenciar mais laboratórios e implantar um programa de capacitação de veterinários oficiais, medidas de bioseguridade mais rígidas adotas pelas empresas e a divulgação de dados científicos sobre a real situação da doença no país, publicadas por revistas e associações da área, fizeram com que o mercado passasse de números extremamente negativos no começo do ano, para números positivos já no final do mesmo ano. No ano de 2012 a queda foi decorrente da estiagem que acometeu o Sul do país, e a escassez de soja, aliada a quebra da safra norte-americana. Porém mais uma vês o setor se mostrou forte e unido, e superou mais este entrave. Os resultados desse estudo condizem com o mau desempenho da avicultura brasileira, que sofreu um grande impacto negativo por conta da queda do volume de importação por grandes mercados consumidores da Europa e Ásia devido a epidemia de influenza aviária em 2006, que afetaram diretamente as exportações de carne de frango brasileira e a alta dos custos de produção, decorrente da crise de insumos do ano de 2012.

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