Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Efeito de manejos pós apanha nas condenações de carcaças de frangos de corte na região da Grande Dourados/MS
Érika Rosendo de Sena Gandra, Rodrigo Garófallo Garcia, José Luiz Muchon, Rodrigo Borille, Andrey Sávio de Almeida Assunção, Ricardo Antonio dos Santos, Cláudia Marie komiyama, Fabiana Ribeiro Caldara

Última alteração: 2018-01-12

Resumo


Manejos errôneos no campo, pré-abate e abate de aves podem causar condenações na planta de abate apurados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) e, por conseguinte, levar a grandes perdas econômicas. Para verificar tais efeitos, o objetivo do trabalho foi estudar a frequência (%) e índice de ocorrência e proporção de condenações para cada mil aves abatidas (IOC) de condenações de carcaças de frangos de corte produzidos na região da Grande Dourados/MS entre os anos de 2004 e 2014. As causas de condenações atribuídas ao campo foram: aerossaculite, artrite, abscesso, ascite, caquexia, celulite, colibacilose, dermatose, salpingite, síndrome hemorrágica e neoplasia. As causas de condenações atribuídas ao pré-abate e abate foram: contusão, fratura, sangria inadequada, escalda excessiva, contaminação, desidratação, morte na plataforma, aspecto repugnante e evisceração retardada. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, usado o procedimento PROC MIX (SAS 9.0), consideradas significativas quando P<0,05. A taxa de condenações (%) sofreu efeito de apanha e do ano (P<0,05), sendo 71,43%, 42,62% e 45,59% maiores para as condenações total, parcial e somatória de total e parcial, respectivamente, devido manejos errôneos durante o pré-abate e abate das aves. O índice de ocorrência e o IOC também sofreram influência de manejos no pré-abate e abate (P<0,05), bem como do ano apurado (P<0,005), para todas as formas de condenações das aves total, parcial e soma de total e parcial, sendo 68,18%, 43,58% e 46,18% maiores, respectivamente, em relação às perdas com origem no campo. Tais condenações ocorreram de forma mais intensa entre os anos de 2005 e 2007 (P<0,005), com um pico em 2006, ano histórico de ocorrência de surto de influenza aviária na Europa e na Ásia. Possivelmente isto tenha influenciado, já que ocorreu redução nas exportações de carne de frango, com uma consequente busca na redução de custos com insumos e mão-de-obra, impactando na saúde do frango. Concluiu-se que as maiores proporções de condenações ocorreram nas fases de pré-abate e abate das aves, com maior concentração no ano de 2006.

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