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A ractopamina é um beta adrenérgico, promotor de crescimento, que age alterando o metabolismo, melhorando o desempenho e as características de carcaça dos animais, por os nutrientes para o aumento da síntese proteica concomitante à redução da lipogênese. Neste sentido, foi conduzido um experimento, no laboratório de ensaios de digestibilidade para peixes da estação de piscicultura da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, unidade de Aquidauana, para avaliar a suplementação de ractopamina em dietas para pacus (Piaractus mesopotamicus). A ração extrusada foi confeccionada na Escola de Veterinária, da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. A ractopamina, previamente diluída em óleo de soja, foi adicionada por aspersão. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com três níveis de ractopamina (5, 10 e 15 PPM) e uma dieta controle, sem adição de ractopamina. As dietas foram isocalóricas (3538 kcl/kg) e isoprotéicas (34,06%). Os pacus com peso médio de 787,3 g foram distribuídos em oito caixas cônicas de polipropileno (um peixe por caixa) adaptadas para digestibilidade (gaiolas metabólicas) acoplados a um sistema de recirculação de água (bomba de ½ cv), filtro de areia de 100 kg, filtro biológico de 310 L, caixa de reabastecimento de 310 L e aquecedores com termostato para manutenção da água à temperatura de 27ºC. As dietas testes foram oferecidas com base no peso metabólico (PM x 0,075 g de ração), duas vezes ao dia, as 8 e às 16 horas, logo após as coletas de fezes. Meia hora após o arraçoamento as sobras foram recolhidas e conservadas para determinação do consumo de ração. Ao final do período experimental (30 dias), os peixes foram pesados, anestesiados e abatidos. As análises de proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), umidade, cinzas e colorimetria dos filés foram realizadas na UCDB. Os dados parciais (primeira fase experimental) mostraram que o teor de cinzas dos filés de pacus reduziu linearmente de acordo com o aumento dos níveis de ractopamina na dieta (P=0,07). Para a umidade, EE e PB, não houve efeito dos níveis de ractopamina (P>0,05). Conclui-se que a adição de ractopamina nas dietas em até 15 PPM não influenciou a síntese de proteína nos filés de pacus. Por agir como repartidora de nutrientes, possivelmente, há necessidade do aumento dos seus níveis nas dietas, de forma a potencializar a deposição proteica. Mais estudos devem ser conduzidos para avaliar o efeito deste aditivo sobre o desempenho e composição química dos filés de pacus.