Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Produção de dejetos de bovinos de corte alimentados com dietas contendo diferentes relações de volumoso e concentrado
Simone Carvalho Marques, Cristiane de Almeida Neves Xavier, Tânia Mara Baptista dos Santos, Stanley Pereira Ávalo, Vinícius Motta Souza, Henrique Jorge Fernandes

Última alteração: 2018-01-20

Resumo


Os dejetos de bovinos constituem uma importante parcela da biomassa produzida no sistema de produção pecuária. Para planejar e implementar um eficiente sistema de manejo, tratamento e/ou reciclagem de dejetos torna-se importante quantificar os dejetos produzidos pelos animais considerando a dietas que recebem, entre outros aspectos. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a produção de dejetos de bovinos de corte, que receberam diferentes relações volumoso:concentrado na dieta. Foram utilizados dejetos de oito bovinos em confinamento, alimentados com dietas que continham relações volumoso:concentrado 80:20; 60:40; 40:60; 20:80. Como volumoso utilizou-se silagem de milho e um concentrado comercial formulado com milho, farelo de soja e ureia com 14% de PB, fornecidas ad libitum. O experimento foi conduzido em um delineamento com dois quadrados latinos, simultâneos, com quarto animais e quatro períodos de 14 dias cada, os nove primeiros dias de cada período foram de adaptação dos animais às dietas e os cinco de coletas de dados. Os dados de produção de dejetos foram submetidos à análise de regressão linear e quadrática. Os dejetos foram quantificados em termos de matéria natural (MN) e matéria seca (MS). Para a quantidade de dejetos, na MN, foi considerada a massa total de dejetos in natura colhidos por dia, por animal, e expresso como kg animal-1 dia-1. Para a quantidade de dejetos, na MS, foram consideradas as massas de dejetos na MN e os percentuais de MS dos respectivos dejetos. O aumento do concentrado na dieta implicou na redução da produção de dejetos que foram próximas a 100g para os dejetos na MN e de 30 g para os dejetos na MS para cada unidade percentual aumentada de concentrado na dieta. A produção de dejetos com 20; 40; 60; 80% de concentrado na dieta apresentaram 18,18; 17,55; 15,36; 11,75 kg animal-1 dia-1, respectivamente, na MN e 4,09; 3,77; 3,00; 2,40 kg animal-1 dia-1, respectivamente, na MS. A maior produção de fezes pelos animais que receberam mais volumoso é associada à menor digestibilidade da MS das dietas com maior percentual de volumoso, devido às grandes quantidades de fibras. A menor digestibilidade das dietas com mais volumoso implicam em maior excreção de componentes da dieta não aproveitados pelo animal, o que provavelmente aumentou a quantidade de dejetos produzidos. Conclui-se que dietas com maior relação volumoso:concentrado levam à maior produção de dejetos tanto na MN como na MS.

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