Última alteração: 2019-03-26
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da vitamina E de uso parenteral sobre o perfil de ácidos graxos do lombo de carneiros. O experimento foi conduzido na Universidade Federal da Grande Dourados, com 20 carneiros confinados durante um período de 56 dias, recebendo uma dieta à base de 50% volumoso e 50% concentrado. Distribuíram-se os animais em quatro grupos experimentais: G1= controle (sem aplicação), G2= uma aplicação de 4mL, G3= duas aplicações de 2 mL e G4 = quatro aplicações de 1 mL de vitamina E (1 mL/100 UI de ɑ- tocoferol). As aplicações foram semanais por 56 dias consecutivos. Após o período de confinamento os animais foram abatidos e retirados os longíssimus para análise de ácidos graxos (AG). O teor de extrato etéreo (EE) dos longíssimus foi analisado e os grupos diferiram entre si, apresentando as médias de 8,10% no G1; 14,37% no G2; 14,11% no G3 e 10,85% no G4. Os grupos G1 e G2 diferiram do GC, apresentando maiores teores de EE, enquanto o G4 assemelhou-se a todos os grupos. Ao todo foram analisados e encontrados 16 ácidos graxos saturados, dentre eles somente três foram diferentes estatisticamente: i-C14:0, i-C16:0, C17:0. O tratamento G3 foi o que mais influenciou no perfil destes AG’s, diferenciando-se do grupo controle. Para o i-C 14:0 as médias foram de 0,034 no G1 e 0,016 no G3. O AG i-C16:0 apresentou médias de 0,15 para o G1 e 0,11 para o G3. Já para o ácido graxo margárico ou heptadecanoico (C17:0), a diferença mostrou-se entre os grupos G1, G3 e G4, cujas médias foram, respectivamente, 0,87, 0,79 e 0,72 (mg/g). Neste último resultado, os grupos G3 e G4 se assemelharam, enquanto diferenciaram-se do G1. Concluímos que a utilização da vitamina E de uso parenteral influenciou o perfil destes AG’s saturados.