Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do V Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2018

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DESEMPENHO DE CODORNAS JAPONESAS ALIMENTADAS COM RAÇÃO CONTENDO MORINGA
Rodrigo Garófallo Garcia, Daivid Kelly Barbosa, Vanessa Fukuda, Wellington dos Santos, Érika Rosendo de Sena Gandra, Gisele Aparecida Felix, Tayza Ribeiro Santos, Joice Portela da Silva, Fabiana Ribeiro Caldara, Cláudia Marie Komiyama

Última alteração: 2019-03-26

Resumo


A coturnicultura é importante para o setor avícola devido ao rápido retorno financeiro e crescimento na demanda dos produtos, como os ovos in natura. Este crescimento levou à necessidade de intensificar os sistemas de produção e à busca de alternativas para a alimentação das aves. Sabe-se que algumas plantas possuem teores nutricionais de energia e de proteína interessantes e pouco explorados, tais como a Moringa oleífera, em cujo teor proteico de suas folhas pode variar de 17 a 32%, sendo ricas em aminoácidos essenciais e possuem altos teores de polifenóis, vitaminas, carotenoides e cálcio. O objetivo do trabalho foi verificar o efeito da inclusão de diferentes níveis de Moringa oleífera em ração de codornas Coturnix japonica sobre o desempenho destas aves. Foram utilizadas 200 codornas japonesas com idade inicial de 35 dias de idade, alimentadas com dietas experimentais que continham 0, 2, 4 e 6% de folhas de Moringa oleífera, por dois períodos experimentais de 28 dias. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (porcentagem de folhas de moringa na dieta) e cinco repetições de 10 aves cada. Os dados de produção de ovos foram registrados diariamente e os controles de peso e consumo de ração foram feitos semanalmente, avaliando-se o total de ovos produzidos em cada período experimental, a produção (ave/dia), a produção (Dz/ave), consumo de ração (g/ave/dia), o ganho de peso (g/ave/dia), a taxa de postura (%) e a conversão alimentar por dúzia de ovos produzidos. Não houve efeito dos tratamentos nas variáveis estudadas (P≥0,05), exceto para o total de ovos produzidos no primeiro período, que variou de forma quadrática (P=0,0363), aumentando até a inclusão de 1,40% de moringa na ração e para a taxa de postura (%), que também sofreu efeito quadrático dos níveis de moringa (P=0,0500), aumentando até a inclusão de 2,74% de Moringa oleífera na dieta. Apesar de não ocorrer efeito da inclusão de moringa nas dietas, observou-se que as aves perderam, em média, 0,13 g/ave/dia no primeiro período, enquanto que no segundo período as aves ganharam, em média, 0,40 g/ave/dia, sendo que as aves que ingeriram moringa ganharam o dobro de peso diário, em relação ao controle negativo. Concluiu-se que a moringa melhorou o desempenho das aves, sobretudo no segundo período, até o nível de 2,74% de inclusão na ração.

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