Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do V Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2018

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RENDIMENTO DO QUEIJO DE LEITE DE OVELHAS PANTANEIRAS
Tamires Marques Paes da Cunha, Tatiane Fernandes, Bianca Silva Santos, Renata Alves das Chagas, Luan Porto Farias, Adrielly Laís Alves da Silva, Agda Costa Valério, Fernando Miranda de Vargas Junior

Última alteração: 2019-03-26

Resumo


O leite de ovelha é raramente utilizado em sua forma fluída, sendo importante o conhecimento do rendimento de seu processamento. Os principais componentes que influenciam no rendimento queijeiro são as proteínas e lipídios presentes no leite. O rendimento pode ser mensurado através da relação de volume do leite por massa do queijo. O objetivo deste estudo foi avaliar o rendimento do queijo artesanal produzido com leite de ovelhas Pantaneiras. Após a ordenha o leite de ovelha foi armazenado e congelado em freezer. Para a confecção dos queijos o leite foi descongelado sobre refrigeração, foi pausterizado pelo método lento, mantendo-se a temperatura a 65° C por 30 minutos, resfriou-se até a temperatura de 38° C, quando foi adicionado o coalho (Estrela®, Chr. Hansen Industria e Comércio Ltda), e ficou em repouso por 50 minutos até coagulação completa. Realizou-se o corte da massa e um descanso de 10 minutos seguido do esfarelamento. Realizou-se a dessoragem da massa e enformou-se em 6 formas cilíndricas com 5 cm de diâmetro por 8 cm de altura. Os queijos foram armazenados em câmara de maturação com temperatura controlada a 16° C. Foram desenformados com 24 horas. Para obter o rendimento a massa de queijo foi pesada com 0, 1, 2, 6 e 10 dias de maturação. Foram realizadas 3 repetições, sendo que em cada uma utilizou-se 5 litros de leite. Obteve-se um rendimento em médio de 420 g/L de massa coagulada. Após as primeiras 24 horas podemos classificar nosso queijo como tipo frescal, ao longo do tempo de maturação, obteve-se um efeito decrescente (P < 0,01) de rendimento, devido a perda de umidade. Ao décimo dia os queijos já se encaixam na classificação de maturados. Em média os queijos perderam 17 g a cada dia de maturação (Y = 379,756 - 17,655x; r² = 0,85), sendo as maiores perdas ocorreram nas primeiras 24 h, devido à perda de soro. A expectativa é que se estabilize o rendimento após este período. A maturação demonstrou um comportamento inversamente proporcional com rendimento, mas pode ser justificada o uso desse método pelo ganho em características organolépticas. Conclui-se que o queijo de ovelhas Panteiras tipo frescal teve um rendimento de 340 g/L e tipo maturado 220 g/L.


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