Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do V Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2018

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DEGRADAÇÃO RUMINAL DA MATÉRIA SECA DE COPRODUTOS DO CAROÇO DE ALGODÃO EM BOVINOS, MANTIDOS A PASTO
Thaiano Iranildo de Sousa Silva, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinellide Goes, Jefferson Rodrigues Gandra, Mayara Andressa Sabedot, Douglas Gabriel Anschau, Laysa Gonçalves Cruz, Nayara Gonçalves da Silva, Calebe Corcino da Silva

Última alteração: 2019-03-26

Resumo


A técnica in situ tem sido muito difundida, principalmente em função de sua simplicidade e economicidade. No Brasil, estudos são realizados com a utilização dessa técnica para avaliar forragens, resíduos agrícolas e produtos industriais. Objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros de degradação ruminal da matéria seca do farelo, caroço e casca de algodão em novilhos mantidos em pasto de capim Marandu (U. brizantha cv Marandu). Foram utilizados três bovinos cruzados, castrados com peso médio de 350 Kg providos de cânula ruminal, mantidos em piquetes individuais de capim Marandu, recebendo suplementação mineral. Os alimentos foram pesados na quantidade de 0,5 gramas e introduzidos em saquinhos de TNT (100g/m2), e incubados diretamente no rúmen em ordem decrescente nos tempos de 48, 36, 24, 12, 9, 6, 3, e 0 horas, em triplicatas por animal e tempo de incubação. O desaparecimento da Matéria Seca foi baseado na diferença de peso entre o material incubado e o material recuperado após incubação. Os parâmetros de degradação foram estimados conforme modelo assintótico de primeira ordem: DP = a+b (1-e-ct). Onde DP=degradabilidade potencial; a=fração solúvel; b=fração potencialmente degradável da fração insolúvel; c=taxa de degradação da fração b; t= tempo de incubação em horas. A degradabilidade efetiva (DE) foi determinada a uma taxa de passagem de 2; 5 e 8% / h. A fração indegradável determinado segundo I=100 - (a+b). O farelo de algodão apresentou maior degradabilidade da MS entre os alimentos avaliados com degradabilidade potencial (93,03%), e média degradabilidade efetiva (67,51%), com um elevado tempo de colonização (2 h); a fração potencialmente degradável (b) de (67,3 %) e a fração solúvel de (25,73%) e uma taxa de degradação lenta de (8,19%). O caroço de algodão apresentou resultados semelhantes aos da casca de algodão, com valores maiores para degradabilidade potencial (73,08%) e fração potencialmente degradável (b) (63,65%) para caroço de algodão e degradabilidade potencial (58,85%) e fração potencialmente degradável (b) (47,93%) para a casca de algodão. O farelo de algodão apresenta alta degradabilidade ruminal podendo ser utilizado nas dietas de bovinos como fonte de proteína degradável no rúmen e consequentemente, contribuindo para a síntese de proteína microbiana.

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