Esta pesquisa teve como objetivo analisar a composição da estrutura de custos das companhias aéreas brasileiras e quais os impactos percebidos nos custos operacionais diante das exposições a fatores econômicos. Para este propósito, foram analisadas as estruturas de custos das 4 maiores empresas do setor aéreo nacional e quais as relações destes itens com variáveis externas às empresas. A delimitação cronológica proposta tem início em 2015 e finda em 2018, sendo assumidos intervalos trimestrais para as demonstrações contábeis. Os resultados indicam que os gastos com pessoal, combustíveis e lubrificantes, e arrendamentos, são responsáveis por cerca de 70% do total de custos das empresas analisadas. Todos estes índices sofrem aparente influência de variáveis econômicas distintas (inflacionárias, cambiais e de mercado). Assim, denota-se a relevância da gestão estratégica de custos para estas empresas diante da volatilidade dos custos em função de fatores externos, corroborando pesquisas anteriores como as de Miotto, Souza e Diehl (2007) e Rochlin (2011). O estudo avança sobre uma lacuna teórica ressaltada por Lopes e Beuren (2017) que diz respeito aos poucos estudos sobre gerenciamento de custos, além de pormenorizar esta questão no setor de aviação, especificamente, conforme sugerido por Miotto, Souza e Diehl (2007). Não obstante, a pesquisa contribui em termos práticos ao elencar a relevância da eficiência na gestão de custos das empresas deste setor para gestores, acionistas, clientes e demais stakeholders.