Criptomoedas são moedas digitais sem regulação do Estado e sua função é, basicamente, permitir transações de compra e venda de bens e serviços. Cada vez mais, a criptomoeda ganha espaço no que tange aos investimentos realizados no mercado financeiro. A sua alta volatilidade e o fato desse ativo ser controlado pelos indivíduos, ou seja, sem a intervenção do governo ou dos bancos, são alguns dos fatores que chamam a atenção de determinados investidores. É importante destacar, porém, que, por sofrer grandes oscilações de valor, é também um investimento de alto risco e sua aplicação pode acarretar em grandes perdas financeiras. Os processos decisórios podem ser influenciados por falhas de julgamento e vieses cognitivos que levam os investidores a tomarem decisões em condições de incerteza. O presente trabalho teve por objetivo investigar os processos cognitivos que levam a escolha de investir em criptomoedas. Para isso, foi aplicado um questionário online em grupos de redes sociais, e também para leitores de um site, ambos voltados à investimentos em criptomoedas. Foram coletadas 185 respostas, sendo que 3 foram invalidadas na fase dos procedimentos metodológicos. Os resultados mostraram que grande parte dos respondentes utilizam de uma ou mais heurísticas ao tomarem a decisão do investimento. No momento da tomada de decisão, 73% dos entrevistados afirmaram fazer uso da heurística da disponibilidade, sendo esta a mais utilizada; enquanto 63% utilizaram-se da heurística da ancoragem, 47% da afetividade e apenas 37% incorreram na heurística da representatividade.