Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, X SICONF - Simpósio de Contabilidade e Finanças de Dourados

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O COMPORTAMENTO DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS JUSTIFICA A REALIZAÇÃO DE IPO?
Luciane Dagostini, Renata Orsato, João Zeferino Junior, Nayane Thais Krespi Musial, Cláudio Marcelo Edwards Barros

Última alteração: 2020-11-17

Resumo


Entre 2010 e 2017, o mercado de IPOs brasileiro registrou 39 ofertas, que movimentaram um total de 26,2 bilhões de reais.  Mesmo com tamanhos montantes envolvidos, grande parte dos estudos sobre desempenho econômico-financeiro de empresas que realizaram oferta pública inicial de ações apontam para redução nos indicadores de desempenho do período pós-IPO. Por outro lado, a abertura de capital pode levar a melhoras na alavancagem, além de crescimento das receitas líquidas. A partir disso, chegou-se ao seguinte problema da pesquisa: Em relação às empresas brasileiras que negociam ações na B³, o comportamento dos indicadores de desempenho econômico-financeiro justifica a realização de IPO? A construção das hipóteses de pesquisa foi feita com base em estudos nacionais e internacionais, tendo conduzido a H1 - o aumento das receitas líquidas justifica a realização da IPO; H2 - a redução da alavancagem justifica a realização da IPO; e H3 - com exceção de receitas líquidas e alavancagem, o posterior desempenho dos indicadores de desempenho econômico-financeiro não justifica a realização da IPO. Para testar as hipóteses, recorreu-se a uma amostra de 27 processos, ocorridos entre 2010 e 2017, resultando em 135 observações, que vão desde os dois anos anteriores até os dois anos posteriores à IPO, ou seja, de 5 anos para cada empresa. A metodologia abrangeu teste de Wilcoxon e dados em painel. Os resultados obtidos no painel apontaram que o aumento no capital social é acompanhado por aumentos na receita líquida e no indicador da margem líquida, além de reduções nos indicadores de giro do ativo e de endividamento de curto prazo. Os resultados obtidos com o teste de Wilcoxon e a comparação entre as medianas demonstraram tendências de desaceleração nos indicadores de margem líquida e ROA, bem como de piora nos indicadores de endividamento de curto e longo prazo. Assim, H1 foi aceita, H2 e H3 foram parcialmente aceitas.


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