Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, IV SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2019

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MEMÓRIAS DA VEDETE DA FAVELA: CADERNOS DE CAROLINA MARIA DE JESUS
Flavieli Arguelho Vilarba, Dejair Dionísio, Leoné Astride Barzotto

Última alteração: 2019-07-25

Resumo


A pesquisa na qual nos debruçamos e que contempla o fazer afrodescendente,busca visibilizar uma escrita resistente, que enuncia a filiação às culturas ancestrais e reforçaa luta constante do cotidiano das classes oprimidas, uma vez que o complexo cenário políticoatual propiciou constantes manifestações de discursos que semeiam preconceitos ereproduzem ideologias intolerantes, disseminadoras de ódios que fortalecem a violência,retomamos os cadernos de Carolina Maria de Jesus para recobrar resistência diária. Paradesenvolver essa análise, buscou-se compreender a vida e obra da escritora mineira,aproximar a leitura à história do negro no Brasil e aprofundar a discussões sobre o sistemaeducacional. Partindo de dois objetivos centrais que nortearam o trabalho, os quaisabrangem: estudar os diários de Carolina Maria de Jesus e discutir as questões demarginalização do corpo negro por meio das experiências descritas pela escritora e, também,compreender como as instituições mantem a ideologia hegemônica, sendo a Escola oprincipal objeto de exemplo. O estudo sobre a escola auxiliou para avançar o entendimentosobre a importância da literatura e sua e retirada do componente curricular como matériaobrigatória. A abordagem metodológica centrou nos estudos bibliográfico dos livros deCarolina Maria de Jesus, para tratar do sistema educacional brasileiro foram consultadas edialogadas ao longo do texto as obras Escola e Democracia (2012) e Histórias das ideiaspedagógicas no Brasil (2010), de Dermeval Saviani e Ideologia e Aparelhos Ideológicos deEstado (1970), de Louis Althusser e as teorias base que fomentaram as discussões sobreracismo e o corpo negro dos teóricos Silvio Luiz de Almeida, O que é racismo estrutural(2018) e A crítica da razão negra (2018), de Achile Mbembe.

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