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O presente trabalho tem por intuito, refletir e problematizar a respeito da representação, resgate e propagação de elementos contraculturais por vieses artísticos, em especial aqui, em forma da representação musical na figura do Rap e do Heavy Metal, duas vertentes que inicialmente parecem trabalhar em dois polos de extremidade, ou seja, que não dialogam, entretanto, neste trabalho além de mostrar que existe sim diálogo entre elas, em ambos os casos os objetos serão pensados com aspectos que constroem uma roupagem nacional (brasileira) e antropofágica, praticamente, o que ocorreu no Tropicalismo. Em outras palavras, seria não somente a ideia da transitoriedade dos estilos, das culturas que os geraram, mas também, a ideia destes serem transportados para outras culturas, assimilados e serem relidos/ressignificados dentro de um novo contexto. A partir de análises de algumas letras de canções selecionadas de artistas, como, por exemplo, “Facção Central”, “Racionais”, e, das bandas como “Cangaço” e “Arandu Arakuaa” e outros que trabalham artisticamente com Rap e o Metal, refletir-se-á a respeito da leitura dessas vertentes musicais, e, analisar-se-á até que ponto estes dois ritmos (vertentes musicais) “separados” por duas Américas representam a cultura brasileira, mais especificamente, no sentido de representação musico-cultural, e como é realizado o trato com este elemento da representação cultural em ambas as vertentes, por exemplares de representação de culturas distintas da brasileira. O mesmo é fundamentado segundo Solange de Oliveira (2002), Miguel Wisnik (1989), Mário de Andrade (1953), Almir Chediak (2009), Haroldo de Campos (1977), Marcos Napolitano (2002), Ezra Pound (1970), Terry Eagleton (2000), Carlos Alberto M. Pereira (1986), Leyla Perrone-Moisés (2016) entre outros, que trabalham ou produzem algo reflexivo dentro do campo da música, da cultura, da literatura e da contracultura.

Música; Cultura; Rap; Heavy Metal; Contracultura.