Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, II SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2017

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DIÁLOGOS E POSSIBILIDADES PARA A LINGUAGEM GEOGRÁFICA A PARTIR DE ANITA MALFATTI
Ana Letícia Peixe Euzébio

Última alteração: 2017-09-27

Resumo


Ser e estar no mundo, andar entre imagens. A percepção e a leitura dos acontecimentos da existência passam por um processo de construção de temporalidades e espacialidades que dificilmente vão se encaixar nos parâmetros uniformizantes do discurso científico da geografia. A linguagem geográfica carrega potencialidades aberrantes que se agenciam no encontro com outras linguagens, notadamente as artísticas. No desdobrar das categorias geográficas de lugar, espaço e paisagem, por meio do deslocamento de seus enunciados e conceitos, visualizamos interstícios possíveis para com a arte, o cinema e a literatura, ampliando as possibilidades da linguagem discursiva no encontro com as formas outras de expressão do pensamento. Este trabalho busca experimentar a articulação entre a linguagem científica geográfica no encontro com uma obra que nos instigou e nos afetou, que fez ser possível a viagem do pensamento a partir da tensão das imagens e da capacidade vibrátil do corpo, este que se insere nos lugares, percorre territórios, habita paisagens. Nesse sentido, a obra A Boba, de Anita Malfatti, nos provocou de maneira a pensar sobre o lugar da existência e da criação a partir de memórias e experiências pretéritas, em especial as realizadas no contexto escolar. Tal obra de expressão artística do pensamento nos atravessou intempestivamente, provocando a criação de novas potencialidades de pensamentos e possibilidades de ação na escola, conduzidos pelo desejo e necessidade de emancipação e rompimento dos modelos e discursos hegemônicos das práticas de educação em Geografia. Nosso objetivo é provocar o deslizamento dos conceitos estruturantes da linguagem geográfica produzida notadamente no cenário escolar, no encontro com a expressão artística, de modo a exercitar a reflexão acerca da obra e, nesse caso, todo o fora invisível e indizível, as brechas e fissuras que colocam em movimento o pensamento e a criação na produção da vida.

Palavras-chave


Linguagens; Ensino de Geografia; Anita Malfatti.

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