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Navegando pelas redes sociais, principalmente pelo Facebook, facilmente se encontra postagens das mais diversas origens sobre temas religiosos, inclusive aquelas com conotações altamente polarizadas e, em alguns casos, de algum modo, agressivas. Essas postagens apontam a relevância e atualidade da temática do fundamentalismo religioso e como ele provavelmente reverbera na vida das pessoas, uma vez que é no Facebook que se constitui a “arena” das discussões, pois seus usuários tornam-se produtores e difusores de formação e informação, e não somente receptores e espectadores. Conforme indicam os pesquisadores Luiz Alencar Libório e Valtemir Ramos Guimarães (2015), o fundamentalismo tem alguns contornos próprios, como a ferrenha oposição à modernidade, sendo esta compreendida como a responsável pela sabotagem dos valores religiosos tradicionais, tidos como a “perda de Deus” e a consequente degradação moral. Isso impulsiona os fundamentalistas ao forte conservadorismo, provocando o adoecimento mental, neuroses e psicoses em seus adeptos, principalmente quando se aborda a visão pessimista do tempo presente e do mundo, instigando que o fim está próximo e fazendo medrar o terrorismo psicológico e religioso. O presente trabalho visa, portanto, monitorar e analisar com print’s diários, sete perfis do Facebook que contenham postagens especificamente envolvidas em polêmicas no que diz respeito ao Fundamentalismo Religioso cristão ou mulçumano, e que geram o chamado “discurso de ódio”. Deste modo, será possível tipificar indícios dos impactos psicossociais, utilizando a chamada Semiótica das Paixões como tratamento hermenêutico dos dados provenientes das postagens e demonstrar se o fundamentalismo religioso e a utilização do Facebook contribuem ou não à saúde psicossocial. Esta pesquisa encontra-se em andamento no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, na UCDB, em nível de Mestrado.

Fundamentalismo religioso; Facebook; Semiótica das Paixões.