Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

Tamanho da fonte: 
A JORNADA DOS AMANTES: ANALOGISMOS ARQUETÍPICOS NOS EPISÓDIOS “SAN JUNIPERO” E “HANG THE DJ” DA SÉRIE BLACK MIRROR
Renan da Silva Dalago, Ágatha Martins Avila

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Os arquétipos Junguianos são figuras de ordem impessoal e coletiva, presentes na psique dos seres humanos, sendo cada um de nós detentores de arquétipos em nossa personalidade, por este motivo, os arquétipos são comumente utilizados na criação de roteiros e personagens em narrativas. Esta inserção de arquétipos em narrativas tem como principal intuito manter o público emocionalmente envolvido com a história e os personagens. A partir dessa compreensão, o presente trabalho tem o objetivo de analisar e refletir sobre os arquétipos existentes nos episódios “San Junipero” (2016) e “Hang the DJ” (2017), da série audiovisual britânica de ficção cientifica Black Mirror da Netflix. A escolha pontual de ambos episódios se deve principalmente ao fato de que “San Junipero”, estrelada por Mackenzie Davis e Gugu Mbatha-Raw, presente na terceira temporada da série lançada em 2016, foi um dos episódios mais aclamados pela crítica especializada e premiado com dois Emmys Awards nas categorias “Melhor Filme Feito Para Televisão” e “Melhor Roteiro de Minissérie”; diante da repercussão do episódio e a premiação, a Netflix encomendou ao roteirista de “San Junipero” (2016) – Charles Brooker - um novo episódio para a quarta temporada da série, lançada no final de 2017. Brooker, escreveu então “Hang the DJ” (2017), episódio estrelado por Georgina Campbell e Joe Cole. A partir da comparação dos episódios disponíveis, é possível verificar a existência dos mesmos arquétipos dentro de ambos roteiros e em seus personagens, dentre eles, o arquétipo do Amante, do Explorador, do Guerreiro/Herói, do Mentor e do Inocente, é possível verificar, assim, neologismos arquetípicos nos episódios, pois ambos possuem a mesma premissa inicial no roteiro e os mesmos arquétipos, verificando-se assim que ao fazer um novo episódio, o roteirista seguiu um formato próximo do aclamado e premiado episódio anterior, na tentativa de fazer deste um novo episódio premiado. Para esta análise, foram realizados estudos bibliográficos destacando as obras de Jung (2000), Vogler (1998), Randazzo (1996) Campbell (1997) e Mark & Pearson (2017).

 

Palavras-chaves: Arquétipos; Analogismos; “San Junipero”; “Hang the DJ”; Black Mirror.

Texto completo: PDF