Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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ARTE CONTEMPORÂNEA: A FAVELA DOS PERÍODOS; À MARGEM DOS CONCEITOS
Thiago Henrique Viégas de Barros, Marcos Antônio Bessa-Oliveira Bessa-Oliveira

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Não é de hoje que os feitos do passado têm sempre maior valor, tanto monetário quanto de significado, e preferência em relação a algo recente, produzido no agora; isso em qualquer área, sobretudo na Arte, esta discrepância é ainda mais latente. Em se tratando de Arte contemporânea, nas suas variadas linguagens, vemos que essa enfrenta paradoxo semelhante ao enfrentado pelas favelas: locais estereotipados por falta de infraestrutura e fadados ao fracasso, sendo justamente isso o que deveria valorar ainda mais o trabalho derivado de tais localidades. A presente pesquisa busca estabelecer novos modos de apreensão do fenômeno de “favelização” da Arte contemporânea. Este empenho se origina a partir do reconhecimento de que a representação das favelas, através de obras do artista contemporâneo Alex Brasil – e de seus moradores –, orienta políticas e projetos que, na maioria das vezes, se fundamentam em pressupostos equivocados, em geral superficiais, baseados em estereótipos que não permitem uma compreensão aprofundada sobre a realidade social, econômica, política e cultural incorporada pela Arte contemporânea em sua totalidade e complexidade. A pesquisa traz como foco a averiguação de uma linha paralela entre saberes, levantando em discussão os conceitos, os significados e as tramas da Arte contemporânea para a produção artística, com intuito de entrelaçá-los de maneira que a integração do conhecimento se dê pelo leitor com aporte em autores como: (SETENTA, 2008) no viés da dança, do teatro (MENDES, 2012) e das Artes visuais (CAUQUELIN, 2005), na tentativa de alcançar um olhar sensível e menos imbuído de pré-conceitos: um olhar crítico, porém aberto ao novo, pois a Arte deve ser analisada para além de sua beleza aparente, embora apreciar a beleza aparente não seja um erro. A expressão do artista deve ser captada e analisada para só então ser feito o entendimento da obra, sendo esta inteligível ou não.

 

Palavras-chave: Arte; Dança; Teatro; Paradoxo da Arte; Abordagens Contemporâneas.


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