Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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FRIDA E SUAS MÚLTIPLAS FACES NA CENA CONTEMPORÂNEA
Juliano Ribeiro de Faria, Marcos Antônio Bessa-Oliveira

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


O trabalho quer discutir a presença de Frida Kahlo no “cenário” das Artes Cênicas, já que sua persona é viva em espetáculos como Dance&Concept/coreografia Kahlo (2012). Nesse, Frida é representada por três corpos herdados de um mundo de constelações que não separa ação, gesto e movimento, alegria e tristeza da vida representada: tudo se dá ao mesmo tempo, como pareceu dar-se na vida da artista morta. Os corpos obrigam-se a realizar movimentos beirando os extremos do suportável por corpos vivos, a fim de fazer pulsar o espectro derridiano de Frida para além da sua morte. Surge na cena do espetáculo uma sobrevida de Frida – viva ainda que morta (DERRIDA) – aos espectadores daquela dança, emergente por meio das imagens biográficas (BESSA-OLIVEIRA, 2016) que os bailarinos/atores criam das impressões/arquivos (telas, documentos, retratos) vivos da artista que permitem a pulsão de morte de Fridas na modernidade: Fridas do espectador, minha e a sua, a partir dos conceitos de sobrevida, arquivo e pulsão de morte de Jacques Derrida (2001). Noutro momento deste trabalho, ilustrando a pulsão de morte de Frida na contemporaneidade, apresento o espetáculo Só Frido Kahlo (2017), a sobrevida da morta em minha vida, realizado na disciplina de Teoria e Prática de interpretação (2017), do curso de Artes Cênicas – Licenciatura da UEMS-UUCG, terceiro ano. A peça foi construída por mim, Juliano Ribeiro de Faria, com a ajuda das acadêmicas Jessica Patrícia Borges e Marina Maura de Oliveira Noronha, que interpretaram suas outras impressões de Frida, atravessadas pelo meu imaginário arquiviolítico da artista.

 

Palavras-chave: Frida Kahlo; Artes Cênicas; sobrevida.


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