Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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O IRMÃO ALEMÃO E DIÁRIO DA QUEDA: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS NA AUTOFICÇÃO
Giovana dos Santos Lopes

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Os gêneros têm sofrido inovações e modificações, a mescla real e ficção tem se apresentado de formas diferentes em algumas obras, o que favorece debates acerca de novas tendências, como a autoficção. No tocante à literatura do “eu”, a autoficção tem gerado dúvidas entre seu conceito e sua classificação, por se tratar de uma modalidade que envolve características da autobiografia e da ficção. Como se apresenta, ainda, como uma modalidade relativamente nova em estudos e debates acadêmicos a autoficção gera atribuições e conceituações divergentes, inclusive, proporcionadas pelos teóricos franceses, que foram os primeiros a iniciarem tais estudos em meados da década de 70. No campo da literatura brasileira, a autoficção vem ganhando espaço dentro das escritas do “eu”, e por esse meio vem favorecendo diferentes classificações e abordagens, continuando, assim, divergências analíticas. Nesse sentido, observa-se que tal modalidade carece de especificações de suas características, assim como delimitações com outros exemplos muito próximos. Há, até o momento, diferentes estudos acerca da autoficção, que inserem determinadas obras literárias em sua classificação, todavia, trata-se de obras que são definidas em outras modalidades, por meio de suas características, que, muitas vezes se misturam aos traços da autoficção. É nesse âmbito que este trabalho se apresenta: analisa duas obras, O irmão alemão (2014), de Chico Buarque, e Diário da queda (2011), de Michel Laub, que proporcionam um debate entre a autoficção, a autobiografia ficcional e o romance autobiográfico, com ênfase em investigar as características que possibilitam a autoficção e seus exemplos fronteiriços, assim como a formação do híbrido. As bases teóricas utilizadas são as teorias de Serge Doubrovsky (autoficção), Phillipe Lejeune (autobiografia) e Manuel Alberca (autobiografia ficcional e romance autobiográfico).

 

Palavras-chaves: Real-ficcional; Autoficção, Híbrido.


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