Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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UMA LEITURA, À LUZ DA SEMIÓTICA FRANCESA, DA LINGUAGEM MUSEOGRÁFICA A PARTIR DA EXPOSIÇÃO CADAFALSO DA ARTISTA VISUAL ALESSANDRA CUNHA, A ROPRE
Caciano Silva Lima, Vanessa Basso Perosa

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Em consonância com o Estatuto dos Museus, instituído pela Lei 11.904/2009, e com o Instituto Brasileiro de Museus, criado pela Lei 11.906/2009, entendemos museus como sendo instituições, sem fins lucrativos, de preservação da cultura e da memória coletiva. São espaços de saberes e interações, de insubstituível equivalência na sociedade do século XXI. Levando em consideração as funções dos museus na contemporaneidade e sua imprescindível pertinência, propomo-nos, neste trabalho, a apresentar uma análise, à luz da semiótica francesa, da linguagem museográfica a partir da exposição Cadafalso, exibida no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco), de 19 de julho a 17 de setembro de 2017, da artista visual Alessandra Cunha, a Ropre. Este esforço teórico justifica-se porque o processo museográfico está amparado no tripé (da Museologia) pesquisa, preservação e comunicação, que ocorrem simultaneamente por meio de ações culturais, educativas e científicas. Também, justifica-se porque o museu é um espaço de cultura em que suas ações devem ir ao encontro do público visitante, em que a imersão nessas discussões deve acontecer em diálogos contemporâneos que aproximem o leitor das obras expostas. Assim, entende-se que os espaços museológicos, além de seus diversos significados e funções, apresentam-se como espaços físicos e simbólicos de salvaguarda da memória, em que a linguagem é heterogênea (verbal, iconográfica etc.) e multissemiótica. E é nessa perspectiva que a linguagem museográfica, criadora e mantenedora de um objeto cultural, necessita ser analisada, compreendida e interpretada, para que ocorra uma leitura expandida dos sentidos dos objetos museológicos. A metodologia utilizada neste trabalho ancora-se no arcabouço “ferramental” da semiótica francesa, cujas metodologias apresentam-se como uma proposta coerente para tal análise, em que, no simulacro metodológico, os textos são analisados segundo o seu percurso gerativo de sentido: estruturas fundamentais, narrativas e discursivas; partindo do nível mais simples e abstrato para o mais complexo e concreto. Por isso, entendemos que a linguagem museográfica deve ser analisada em camadas, para a compreensão do processo de construção de sentidos desses textos museológicos e sua significação.

 

Palavras-chave: Linguagem Museográfica; Semiótica Francesa; Espaço Museológico

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